“Atendemos a todos os
requisitos da nova Lei” foi a frase que regeu a primeira reunião
emancipacionista, dia sete de junho, no Centro Empresarial Coquito, com a
presença de lideranças locais, entre elas empresários e políticos.
O morador Adelmo Santos
abriu o encontro lembrando o sentimento separatista que existe e resiste a
quase duas décadas, lembrando a luta e os percalços que enfrentou junto de
outras lideranças, incluído a associação de moradores (AMAM) na época uma das
mais atuantes do município, sonho sepultado em 1977, com as leis praticamente inviabilizando
qualquer opção separatista no Brasil.
- Hoje temos outro quadro,
o município de Manilha é viável em todos os aspectos legais. Não cabe mais
Manilha ter metade da população municipal e não receber investimentos de
recursos da prefeitura nessa mesma proporção – disse Adelmo que já participou
do movimento comunitário local e que ocupou cargos importantes na Prefeitura de
Itaboraí.
O jornalista Wilian
Oliveira que nos Anos 80 acompanhou as primeiras manifestações separatistas de
do distrito manilhense relembrou aspectos do sentimento popular desde aquele
tempo, principalmente a insatisfação da população desassistida. Ele lembrou a
luta de Tanguá, antigo distrito itaboraiense para incentivar o movimento que se
retoma em Manilha.
- Entre outros aspectos a
população precisa saber que o número de cidades mal administradas, nas mãos de
políticos desonestos, é ínfima minoria no Brasil. Mas o bom político não tem
espaço na mídia, apenas se fala dos corruptos.
Ele ainda discorreu sobre
asa possibilidades de novos representantes político no novo município, de oportunidades
para as lideranças realmente comprometidas com o lugar e do risco de, na falta
de um olhar administrativo mais próximo, Manilha se tornar uma nova Alcântara,
com desordenamento e tomado de problemas.
A advogada Ana Paula de
Toledo, experiente em questões administrativas municipais, falou sobre o
processo de emancipação e suas demandas, garantindo que Manilha está apta a
propor a sua separação e que as lideranças devem preparar a população para exigir
o seu direito à independência.
Para ela, não justifica
aqui viver em Manilha metade ou até mais da população itaboraiense e não ter a
atenção devida da prefeitura. Ana Paula lembrou os quase 20 mil moradores da
divisa do município, hoje relegados por Itaboraí e por São Gonçalo, para
justificar o sentimento de emancipação de Manilha.
A comissão que começou a
se construir a partir dessa reunião deliberou uma ação de cunho popular para
reviver o projeto de emancipação de Manilha, vai buscar integrar ao processo o
distrito de Itambi e já deixou marcado um novo encontro para avaliar o trabalho
e receber novas propostas de trabalho do grupo que lidera agora o movimento.
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